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coaraci e o rio almada



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coaraci História e rigens

História - As Origens
Ainda no Século 18...
Os registros oficiais não contam essa parte da história, mas escritos familiares comprovam o surgimento de Coaraci ainda nos idos do século 18, por volta do ano de 1889, quando por aqui desbravadores adentraram em busca de terra fértil para a produção agrícola. Os primeiros moradores do território hoje denominado de município de Coaraci, se instalaram na região do Ribeirão do Terto ou mais especificamente na região de Itamotinga. Alí a terra era boa e plantando, tudo dava, além de possuir um ribeirão frondoso com uma água pura e cristalina. Entre 1889 e 1919 os moradores da região que era municípío de Ilhéus, deslocavam-se até Pirangi (Itajuípe) para escoar a produção agrícola e trazer de volta especiarias, roupas e alimentos. Foi dai que por volta de 1919 dois idealizadores tiveram a iniciativa de no meio do caminho criar um entreposto comercial, que servisse de ponto comercial, residência e até como uma espécie de pousada para os tropeiros. É ai que surge oficialmente a vila que daria origem a sede do município de Coaraci e os registros históricos consolidam esta versão.

A Primeira Casa, O Primeiro Comércio
Oficialmente João Maurício e José Laudelino Monteiro construíram o primeiro ponto comercial e a primeira residência de Coaraci. Esse pequeno comercio instalado em plena mata, em 1919, se transformou em mais um ponto de descanso das longas e cansativas viagens entre as distantes roças e comunidades do então município de Ilhéus. A casa era feita de taipa (barro e madeira) e tinha linhas extremamente modestas.
Essa casa/comércio localizava-se à margem esquerda do Rio Almada, ao lado de uma trilha que servia de caminho a animais e pessoas oriundas de vários lugares da região, o que tornara João e José, conhecidos por todos.
Nesse pequeno ponto comercial eram vendidos: fumo de corda, cachaça, açúcar, sal, sabão, jabá, artigos que eram necessários às cozinhas das roças.
Eles possuíam ainda, uma pequena tropa de quatro ou cinco animais, com os quais se deslocavam regularmente até Sequeiro do Espinho, percurso que era completado através da ferrovia até Rio do Braço ou Banco do Pedro, onde as tais mercadorias eram adquiridas. Pelo entreposto comercial circulavam pessoas provenientes de Pouso Alegre, Garganta, Ribeirão do Terto, Bandeira do Almada, Acampamento, todos por meio de trilhas que se cruzavam no sentido leste-oeste e norte-sul.
A localização exata desta casa corresponde à esquina da atual Av. Almerinda de Carvalho Santos com a rua Presidente Dutra, região conhecida no passado como Beira do Rio, sendo este o verdadeiro primeiro nome de Coaraci.

A formação do Povoado
Por volta de 1925/26 uma ou duas casas rústicas surgiram não muito distante da casa/comércio deJoão Maurício e José Monteiro, onde um trecho mais raso do Almada garantia uma segura travessia de pessoas e animais (hoje região da praça Getúlio Vargas). Entre 1928 e 1930 já eram cerca de 10 ou 12 casas, a maioria de tábuas, e se distribuíam em forma de um grande círculo e em frente a uma frágil e estreita ponte de madeira que permitia acesso apenas a pedestres.
A presença de tropas e viajantes no local crescia a cada semana, tornando a travessia bastante prejudicada, mas já contando com o funcionamento de duas lojas, uma casa de ferragens e armazém de secos e molhados através dos comerciantes Eurípedes Leão, Leonel Andrade, Edgar Mota, Josafá Lopes, Timóteo e Manoel Pereira de Souza.
Com o crescimento da cultura do cacau, que se destacou como principal produto de exportação do estado e segundo do país, Ilhéus, reconhecido mundialmente como centro maior dessa cultura, realizou esforços para difundir sua cultura, sendo para isso necessário a construção e recuperação de estradas e pontes, garantindo assim, um melhor escoamento dessa produção.

De Macacos à Itacaré do Almada
Técnicos competentes e da confiança do Executivo ilheense foram deslocados para os centros mais promissores, onde atuariam como Administradores, foi assim que Juvêncio Peri Lima, em 1930, foi escolhido pelo então prefeito de Ilhéus, Eusínio Lavigne para administrar a promissora MACACOS, uma pequena comunidade que surgia não muito distante da foz de um ribeirão de mesmo nome.
Ao chegar, Juvêncio conheceu Manoel Peruna, que logo se tornou a pessoa com quem poderia discutir os problemas locais. Peruna que chegou da região de Santo Amaro no ano de 1925, colhia neste momento seus primeiros frutos de uma pequena plantação de cacau, chamada de Fazenda Berimbau, esta ainda existente.
Peruna foi o responsável pela mudança de nome do local, fazendo saber a Peri Lima que a população devia aceitar a denominação Itacaré do Almada, como novo nome para o povoado. Esta mudança foi baseada numa questão bem simples: Como deveriam ser chamados os moradores de Macacos? O nome foi modificado e em 1932 ninguém lembrara mais do antigo nome.
Pelo reconhecido trabalho de Manoel Peruna dentro do povoado, em 1933 o mesmo foi agraciado com o cargo de subdelegado de polícia, tendo este distrito policial sendo criado pela lei estadual 8.678, de 13 de outubro de 1933, sendo o nome do povoado simplificado para Itacaré.
As casas continuavam surgindo numa demonstração de que novas famílias continuavam chegando, e em número cada vez maior, numa esperança de encontrar aqui um ambiente ideal para implantar suas roças, seu comércio e criar suas famílias. Nesta época acredita-se que a população urbana estivesse em torno de 5 mil pessoas.

Resumo:
As terras que pertencem ao município de Coaraci começaram a ser exploradas por volta de 1889 na região de Itamotinga. A sede urbana que foi povoado, vila e cidade foi fundada em 1919 com a abertura de um entreposto comercial às margens do Rio Almada. O povoado se formou em torno de uma área rasa do Rio Almada na atual praça Getúlio Vargas e dali as ruas, casas residenciais e comerciais foram surgindo. Coaraci neste período foi chamada de "Beira do Rio", "Macacos", "Itacaré do Almada" e "Itacaré".